Vou pedir que me perdoem a individualidade e possível egocentrismo mas esta minha crónica é sobre um jogo que vi ao vivo no Dragão, o primeiro na era de Sérgio Conceição. Por isso vou deixar aqui descritas as sensações que fui vivendo ao longo deste jogo que vencemos por 5-2.
O meu lugar era perto do relvado, desde logo senti o cheiro da relva enquanto os jogadores se posicionavam para arrancar a partida. Foi na baliza que me estava mais longe que Marcano inagurou o marcador e onde Aboubakar e Marega também fizeram o gosto ao pé, mas ainda assim deu para ver Casillas de perto e como ele trabalha a sua defesa com uma classe digna de camisa e gravata. Vi a garra da defesa em cada desarme e a velocidade dos alas e mesmo que tenha sido na “minha” baliza o primeiro golo do Portimonense eu perdoo o facto de Filipe ter sido perdulário. A segunda parte compensou isso.
Foi no segundo tempo, com o ataque a acabar nos metros que via de frente, que vi Brahimi deslocar rins a tudo que era adversário (que grande jogo do argelino) e testemunhei toda a classe e espectáculo que o futebol traz quando o quinto golo foi criado. Tudo isto ao vivo, a testemunhar uma derrota sem espinhas.
Sérgio Conceição não jogou, mas no final também mostrou a garra daqueles que correram 90 min e contestou os media que durante a semana queriam fogo para a “crise” dos outros.
O ambiente de apoio e festa, o querer dos jogadores para acumular mais um triunfo e o fechar de contas com uma goleada fez desta noite algo que não vou esquecer. Fui ver como estava o meu clube, e percebi logo que estava em Bom Porto.
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